terça-feira, 26 de dezembro de 2017

OPACO


A distância te fez opaco em minhas lembranças. Você era fogo e eu a brasa que orbitava ao seu redor. Eu não conseguia alimentar tua chama tanto quanto você queria e não podia me desfazer da sua viciante atmosfera. Por isso eu estava sempre em silêncio, mas perto o bastante pra sentir a sua energia.

Agora você é vertigem. E eu ando pensando muito no que fiz, no que deveria ter feito e no que posso fazer. Nunca fui boa com prazos curtos... E é por isso que me confundo muito com teus passos, teus sustos e tuas conveniências.

É tudo muito amável, sem propósito, ou intencionalmente desconexo? A distância te fez opaco! Então eu comecei a necessitar tua presença... Meu ego, minha mente e meu coração gritam pra que eu te veja no segundo seguinte, na hora após, no amanhã, ou no mês que virá. Estou saudosa em te orbitar. Talvez desejosa em fazer um pouco mais.


Mas eu não posso e é lógico. Qualquer um pode confirmar. Então me alterno em penumbra e luz, tentando ocupar algum cargo relevante o bastante nessa história que tecemos. E o que seremos? O tempo dirá. Anseio que as respostas venham logo, pois não sei andar em curvas e sei que tu ainda tens muitas cores a mostrar.

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