Cabe

Há duas Meninas No fundo

Troca

Você foi Porque nada aqui Era do seu número A gente Não se cabe

Trégua

Meus olhos Estão abertos Tanto Que olho pra trás E quero pegar  A menina no colo

Saber usar

 

Foram muitos Grilhões E a liberdade Tem seu preço

Ainda não

Choro preso

Meu descuido

Conhecido

Nem tudo é

Tem gente  Que é só imagem Flash Edição Filtro

Ninguém fica

Ninguém fica.

Fiz

O

Poema

Da

Solidão.

Viver dói

 Existe Algum plano Onde Eu ensine E aprenda Sendo plural?

Marinheira só

Se você for Vista pro mar Meus olhos Estão embaçados De areia

Confia

 

Quando a gente Escuta Os ancestres O passo Em falso Não põe medo

O medo

Talvez  O medo Se esconda Nos cantos  Vazios

Arredia

Não quero Me habituar Temo perseguir O que não alimenta Minha alma Apenas para preencher Caixas

Escolhas

Eu apertei Até sair o ponto Não vou puxar Tua mão Pra dar o laço

Não vou esperar

 

Eu sei Que há barulho Entre nós

Me tenho

 

Pisca um Volta o disco Vem a graça Me põe em risco

Foi

 

Perdi O gosto O timing A graça

Desencontrada

Meu sarcasmo Vai te tirar Do eixo

Passagem

Uma vista

Incrível

Distante

Incerteza

Ao se aproximar

Sagrado que sangra

 O místico Me atravessa Constante

Descasca

                                         

A pele

Encrosta

Em resposta

À ansiedade

Fera

 Fera ferida

Você subiu muros

Pra abrigar

O peso 

Do seu coração

Marujo

Vislumbro Sua presença Construindo Em sonho O anseio  Do toque

Abismada

A sabotagem

Rima

Uma história 

De terror

Xangô cobra!

 Vespas Ferozes Que ladram Não mordem

Hipócrita!

 Eu sei a cor

Do corpo

Que a bala

Encontrada

Perfura

Rei do mundo

Você pode

Negar

Evitar noticiários

Retomar

Sua vida

Cresça!

 Frases prontas

Que aconselham

Certezas tão claras

Tão límpidas

Tão raras

Máscara

Gesso liso

Pálido

Podre por dentro

Eu sei

Você me bagunça

Desafia

Meus astros

Minha razão

Minha fé

Cortada ao meio

 Mesmo certa

Do querer
Me vejo partida
Pela razão

(Re) Encontro

 

Eu confesso que fugi.
Fugi
Porque os que vieram
Antes de você
Destroçaram
Meu coração
Em pedaços
Irreconhecíveis

Não nego

As princesas

De África

Que outrora

Se esqueceram

Da realeza

Teoria-gente

 

Teorias diversas

Sobre
Verdades complexas

Lealdade

Crio pontes

Imaginárias

Formo teias

Com seus vestígios

Sem nem porquê

 Num mundo

Gigante
De pequenezas
Naturais

Não dá mais, Bauman!

 

Queria sacar
Os rostos
Ensaiando felicidade
Dentre velórios
E sorrir

Curvas

 

Passo horas

Vendo teorias

E aprendendo

Técnicas

Sobre a diplomacia

Eu sou a escuridão

Demasiadamente

Condicionada

A agradar

Inquieta

Eu sou a menina

Que na cabine de fotos

Fazia caretas

Desenhava uma linha

Com a boca

Temia exposição

Valsa

Dois pra cá

Dois pra lá

Você cruzou

O silêncio

Coringa

Você é como

O "Às" ou o coringa

Do baralho

Distanciamento

 Vão-se os anéis Ficam-se os dedos Vão-se os acessórios Fica-se em casa

Insone

Existe a intuição

Criando vírgulas 

Para nós

Dizendo que 

A história vai 

Se reinventar

Pessoas Calabouço

Elas têm dor aos montes

Razões muitas

Lágrimas fáceis

Duas Caras

Abro os braços

Pro amanhã

E agradeço

Cada passo

Revisita

Dei carona
Ao meu passado
Fiz sala
Lhe servi um doce

Desafio o tempo

Percebi que gosto de me demorar nas sensações e me agonio muito em intervalos. Não sou lá muito habilidosa com sustos, mas perco mais de hora processando o que senti.

Invisível

Me acostumei a ver os outros roubando o meu roteiro e até bato palmas, me convencendo de que faz muito mais sentido assim. Eu faço descaso pra mim mesma e digo "é claro, como não pensei nisso antes?"

Fuga

Eu me convenci que era passagem, mas você quer permanecer. Não como nos sonhos e talvez por isso mesmo, seja tão assustador. Eu me afasto e deixo esse espaço seguro pra conseguir soltar. Pra te olhar sem bagunçar tanto aqui dentro. Pra até rir com você, mas sem compromisso.

Para embalar

No meu trem

Falta uma roda

Por isso ele

Descarrila fácil