quarta-feira, 18 de julho de 2018

Palpite



Alguma vez, enquanto você estava perdido, você já parou pra escutar as batidas do seu coração? E se eu te disser que elas parecem sincronizadas com o tic tac dos segundos? Penso que quem inventou o relógio deveria estar preso em seus devaneios, até que começou a contar o transcorrer do tempo pelas palpitações em seu peito.

A gente se perde e o tempo passa. Os batimentos cardíacos são involuntários. Você pode até saber o que quer, mas não é tão simples assim chegar lá. A vida toma caminhos incompreensíveis por nós e às vezes até sopra uma história ou outra aos nossos ouvidos.
Eu mentiria se dissesse nunca ter ouvido histórias suas antes. Mas é claro que eu não sei com toda certeza se eram realmente suas. O que eu sei é o que eu sinto. Isso é certo. E sinto que você está posto aqui e que nos conhecemos bem. Está claro também que você adora uma manha e desta vez vamos ficar distantes.
Confesso que não quero ter uma próxima. Estou cansada de brigar com meu peito, digo, com o tempo! Talvez meu relógio não tenha sincronizado tanto com o daqui, quando eu cheguei.
Me sinto enganada por ter tanta certeza sobre as minhas palpitações serem suas. Você não as quer o bastante para reivindicá-las... E tudo bem. Vamos tomar nossos rumos! O que me pesa é que vai faltar um pedaço. E não é meu, é da nossa história.
É uma pena termos esperado tanto pra nos encontrar. Dá próxima vez que eu marcar, você vai me esperar?

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