domingo, 4 de novembro de 2018

Arde


Tá ardendo, viu? Perceber que você desperta em mim sentimentos que não reconheço. O meu hábito reclama ao notá-los e eu sequer sou capaz de expulsá-los. Eles vêm pra ficar! É porque eu gosto, que me preocupo. Me divirto com a novidade, me perco com a raridade da sensação e temo com a repercussão do que há de vir.

As marcas da vida fazem desse devir perdição. Porque quando a gente erra, a lembrança não deixa barato e alguns passos, mesmo quando dados em diferentes contextos, remontam dias de dor.

Eu acho louco que alguns sentidos resistam ao tempo. Eu acho fogo racionalizar um turbilhão de emoções em frações de segundo! Mas não consigo ser diferente. Não sei me lançar facilmente no precipício... Eu exijo labor, pois na vida sempre tive que construir meu próprio caminho.


Não sei lidar com triunfos de pouca dedicação... É uma sorte que me assusta. E de susto já basta os do meu coração! No mais, que pena você não enxergar o nó do grito que eu daria. Eu senti tanto, fiz tão pouco, minha mente diz que o necessário e o meu pé dará o ponto final.

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