domingo, 25 de junho de 2017

Companhia


Eu vim dizer que gosto pra caramba de você. Que o teu jeito me toca e me encanta. E que com certeza, eu já te disse isso de maneiras tantas que nos dedos não dá mais pra contar. Venho lembrar também que se eu disse, pode acreditar! Porque eu não saio por aí distribuindo elogios, não. Eu na verdade guardo muito no peito e não raro isso repercute na língua.

Mas então, queridx me diz pra quê tanta desconfiança? Pra quê jogar as suas frustrações pra debaixo do tapete? Eu vou te ouvir, posso me rebelar, mas vou dar atenção à sua versão da história. Não deixa calar o barulho que é estar em companhia. Porque somos muito mais no movimento e na gritaria. Não vejo graça na apatia e não foi por isso que nos juntamos.

É difícil continuar na sua presença, se percebo que você me esconde uma vida. Se você se zanga da minha postura e não se insurge, vou achar que finges ao meu lado. E eu não quero dividir meu dia com uma ilusão.

Então parceria, feche a cara pra mim. Não me tapeia, não. Teime mesmo! Põe pra fora o que te aflige. Diz que eu tô errada e vamos discutir. Vamos resolver esse nó! Vamos nos abraçar também e voltar a ser companhia, no final. Não me tome como adversária, se já trocamos tanto bem querer. Pois assim vai me perder. E há muita gente ensaiando nosso distanciamento.

Um silêncio que não vem após um alerta, não me ensina lição alguma. E eu vou deixar ir. Porque aprendi com a vida que só fica quem quer. E eu só insisto em quem tenta. Então companhia, não vá dizer que eu não avisei!

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