sexta-feira, 3 de julho de 2015

Menino ansioso


A verdade é uma só: sejamos sinceros até o ponto em que o outro possa me interpretar. Porque querido, eu devo comentar que tenho a sensação de que já escrevi isso antes. Sei que nossos pesadelos muitas vezes nos mantêm afastados da verdade. Sei que o medo nos cerceia a mente na hora de dizer o que deve ser dito. É por isso que escrevo.
Parte de mim teme te encarar de frente, mesmo que uma pulga insistente me pule a orelha e pergunte “será?”. Você entende o tamanho do meu talvez? Ele é de letras garrafais, é colorido e faz ativismo sexual. Sabemos bem que isso não é um problema, pois eu acolho num abraço todas as cores que você tiver, se preciso. Mas como posso te entender, se você não se abre comigo? Se a cor que você grita, nega a minha?
Olha aqui, você não pode continuar voltando assim! Me assustando com poesias de outros tempos e me deixando com o coração na mão. Eu conheço essas fitas, conheço essa brincadeira e eu não gosto nada do fim.

Vem aqui, senta do meu lado. Vamos conversar! Vamos somar o que nos falta e deixa esse sofrimento pra depois, tá?! Não lamentemos a conexão. Tudo tem razão pra ser, até mesmo a prisão. Você sabe... não nos aprisionemos em nós, pensando no outro. Então me visita, me diz como foi teu dia, deixa o coração pra depois. Só não me deixa, porque eu também preciso de você aqui, pertinho de mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário