sexta-feira, 14 de junho de 2013

Verdinha e Amarela

Não, não estou falando de cédulas ou de potes de ouro. Estou falando das cores da nossa bandeira, mas sem nacionalismos ufanistas ou alienações. Acho que sabemos muito bem do que vai mal e do que nos dizem que vai bem. Mas e então, meu bem, fechar os olhos e odiar a pátria eternamente vai mudar o quê? Você vai continuar o mesmo reclamão de sempre, que sentado brada pelas injustiças de um país que querendo ou não, é feito pelo seu povo.
Sim, sou eu e você, somos nós quem fazemos o Brasil. Somos nós que votamos nos corruptos, somos nós que podemos tirá-los do poder e ainda somos nós que podemos nos manifestar. Uma agulha no palheiro? Antes de outras mil agulhas, ao menos um alfinete solitário teve que aparecer!
Mas voltando às cores e lembrando ainda da alienação, já parou pra perceber que a bandeira dos EUA está nas roupas, nos fotologs, nos mais minúsculos detalhes do nosso dia-a-dia e que nós, brasileiros, costumamos ser grande propaganda ambulante de tudo isso? “Os Estados Unidos da América é uma potência mundial, natural a comercialização intensa de produtos que nos façam lembrar do país e o fato de eu usá-la não significa que eu despreze o meu”. É mesmo? Mas, por que não vemos esses shorts tão descolados que levam estampas de bandeira, com as cores do NOSSA bandeira? Por que nenhuma marca aposta no verde e amarelo pra vender? Por que você se recusa a pensar na possibilidade de vestir algo que lembre a nossa bandeira ou pior, só o faz em tempos de Copa?

Você tem vergonha das mazelas do nosso país? Eu também tenho, mas nem por isso difundo a bandeira norte americana como se eu fosse um saco plástico acéfalo :). Isso porque hoje eles são potência, mas no passado fizeram podridões à rodo com todas as nações possíveis do mundo até chegar a ter o tipo de prestígio que até então conhecemos. Se vangloriam tanto, que fazem questão de expor ao menos por 5 minutos a bandeira do país, seja numa comédia ou num filme de ficção científica produzido lá. Aí você, pobre brasileiro, entendido como macaco por alguns excelentíssimos idiotas que residem por lá, usa uma roupinha branca, vermelha e azul e diz “Hey, USA is amazing”. Bacanéeééérrimo,colega.
Claro que nem todo norte americano age desse jeito, exemplo disso é existir a música “American Idiot” do Green Day. Mas sério amigo, custa valorizar um pouquinho a sua bandeira e menos a dos outros? O que eu mais gosto da Copa é esse clima de união que surge nos nossos corações, são as ruas, os rostos, as roupas todas em verde, amarelo e porque não: AZUL! Num passe de mágica todos nos envolvemos no clima de defender a bandeira e lembramos que somos antes de qualquer coisa BRASILEIROS. E ‘ai’ de quem difame nossa terra na nossa frente, somos os reis do futebol e não tem pra ninguém. Pois é, agora vamos residir a Copa e nada disso está acontecendo.
A euforia morreu. O que restou foram poucos rastros de pinturas velhas em algumas poucas ruas. A Coca Cola criou repentinamente uma campanha a respeito de pintar sua rua, e é o tipo de coisa que só vejo em UM Outdoor da cidade. Estamos ressentidos, odiosos, rancorosos das lesões que temos sofrido. Justo, válido, isso mostra que estamos a pá da realidade. Mas vamos passar por essa sem arregaçar as mangas e gritar “Brasil, Brasil, Brasil!!!”?
Vamos arregaçar a manga sim, vamos pedir aumento dos salários dos professores, diminuição nas passagens, reclamar de tudo um pouco, mas vamos fazer isso porque queremos pertencer a um país melhor, um país mais justo. Não por que queremos fazer dessa terra toda, algo “menos podre”. Torcer, não é fechar os olhos e vestir ‘Verdinho e Amarelo’ devia ser algo feito mais vezes ao ano, sem necessidade de motivo. Vamos parar de dar dinheiro pra ELES e vamos investi-los AQUI. Sair às ruas vestindo as cores da bandeira não dói, é até saudável, juuuuuuuuro!

Amanhã a Copa das Confederações começa.. e você, vai fazer o quê? Ficar de costas para TV né?! Bom, eu dei a minha dica e claro você não precisa cumpri-la. Sou só mais uma brasileira com esperança no futuro da nação, que quer contribuir para um lugar mais digno a se viver e tem saudade do jeitinho brasileiro de torcer.

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