sábado, 21 de março de 2020

Operária



À meia luz
Corpo
Exposto

Minha fragilidade
Ansiosa
Me faz passear
Num minuto
Na rede ancestral


Eu 
Que devo ser millenium
Manejo bem
O cibernético
Abraço tanto
Quanto posso


A informação
Me faz sentir doente
E eu olho
Vejo imaturidade
Tanta
Mas tanta


E o mundo deu volta
Todo mundo 
Adoeceu junto
Parte finda agora
Outra fica
Pra quem começa
Não sabemos
O que sobra


No intervalo 
De tudo
Eu penso que
Se tivéssemos olhado 
Pra trás
Agora não contaríamos
Vidas.


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