sábado, 6 de outubro de 2012

O espírito vivaz.


E o que seria de tudo sem o movimento? Bom, sei que se o mundo fosse estático, eu não seria uma partícula constituinte do mesmo. Porque meus átomos, assim como qualquer outra substância que me define, não só se movem, como vivem o dinamismo que os fazem ser.
No entanto, foi na inércia que novamente vacilei e me pus a pensar na essência. Na composição, que eu sempre defendo ser a mais importante. Ando vendo que a minha tendência de nadar contra corrente, atrai não só os resistentes como os que vendem a ilusão de uma revolução. Sim, pois o mundo na verdade divide-se em 3: os que lutam, os que aceitam e os que fingem aceitar.

E esses que têm a arte de fingir, são mesmos projéteis que incomodam. Pequenos mas que ocupam um espaço que não se pode desprezar. Ainda assim, os encaro. Confronto suas intenções como se pudesse tocá-las com os olhos. Algumas vezes, penso que eles sentem enquanto foco minha artilharia, outras, acho graça por notar tudo isso e ainda assim não ser percebida.
Percebam que a encenação não absorve experiências. Muito menos que a maturidade é feita de cópias. Pois quem cria, sempre inovará, na sua presença ou ausência e você plágio imperfeito de um cérebro real, é puramente oco. Você cansará rápido e logo se tornará inútil. Afinal, se sustenta com as pernas gastas do vizinho, uma base com data pra expirar. Quem constrói assim o fará, até o fim. Até que em si, não caiba mais tanta beleza.
Por sinal, tua aparência que atrai, também se vai. Me cansa e me distrai. Mas um dia, volto minha atenção pra seres de maior importância. Os que vivem por si e não pelos demais.

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