Estou saudosa de você.
Hoje li sobre essas saudades, assim só tive a certeza que jamais te esqueceria.
E que arrancar-te, então, era um sofrimento vão. Devo focar no amanhã, ainda
que eu lembre de nós.
Mas me pus a pensar
quanto da saudade não é uma projeção minha. Estou saudosa de ti, ou da minha
fantasia? Teria eu preenchido demais as lacunas do teu mistério? O quanto de ti
realmente eu enxerguei? Te idealizo como a mais recente das minhas conquistas.
Aquela que eu zelei,
reguei, mas não colhi. Se impus muito zelo, ou deixei-me levar pelo afã da
novidade é algo que ainda estou aprendendo. Estou convicta apenas de que, com a
minha bagagem, não poderia agir diferente. No mais, aceitar que não te colherei
é o processo mais dolorido de tê-lo feito meu jardim.
Por isso, meu bem,
quando disse que esperava que ficasse bem, saiba que coloquei meu coração ali.
Cresça, amadureça, frutifique, encontre a sua razão de ser. E seja mais, muito
mais do que pude ver em ti.
Nenhum comentário:
Postar um comentário