Sim, você é. E por
essência: masculino. Sinto que você nega sua verdade pelo padrão do que deveria
ser. Pela virilidade que deveria aparentar. Você se tranca por medo ou por
comodidade?
Agora que sentimos
somente e tão somente a ausência um do outro, você assumiria isso de peito
aberto? Fico imaginando os inúmeros sentimentos que tu matas pra saciar os
outros. Digo isso, porque tenho criado expectativas irracionais sobre você
agindo com honestidade emocional. E elas só são irracionais porque te vi
hesitar muitas vezes e resistir tantas outras a se mostrar pra mim.
Logo, eu sei que meus
sonhos vão se manter vivos apenas na minha cabeça. E quando falo em transparência,
estou me referindo ao peso das tuas lágrimas. Da dor no seu peito. Em você
dizer que sentiu muito. Eu sei que
sim.
Mas eu sou só alguém que
quer moldar as próprias observações ao que esquentaria mais o meu ego. De forma
que a sua perspectiva seguirá sendo mistério. Não obstante eu permanecerei
ansiosa, transbordando na pele tudo que gostaria de perguntar-te.
Machuca à mim ter tido
certeza só quando já estávamos no precipício. Mas eu disse quando soube. Disse
até quando não sabia ao certo. Eu vim falando o caminho todo, como é de praxe.
Era esse o privilégio de gênero que você dizia com conforto que eu possuo?
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