Hoje percebo que tenho uma relação complicada com a maternidade. Sempre tive vontade de ter filhos, gosto de observar crianças, mas ainda fico um tanto confusa no quesito prático de lidar com elas. Para além disso, toda a mobilização que envolve bebês me intriga.
Se há um vestígio de bebê no pedaço, ainda que em forma de embrião, enquanto mulher, eu deveria sentir alguma espécie de pontada no útero que me daria uma necessidade incontrolável de mimá-lo, desejá-lo com toda a força do meu ser e perguntar sobre ele todos os dias. Eu gosto da ideia de ser tia, por exemplo. Mas não sinto um impulso maternal enquanto minha sobrinha está sendo gestada e isso choca todo mundo.
Em verdade, preocupo-me
muito mais com a mãe que o gesta. Penso nas dores, no peso, na bomba-relógio de
hormônios que a mulher vira. E hoje, senti olhares de reprovação por não fazer
perguntas sobre a cria que está no forno. Acho estranho dialogar com um
pseudonenê. Na verdade, me sinto completamente imbecil só com a ideia!
Fico imaginando uma série de coisas. Conversaria com a minha sobrinha por telepatia. Sei que quando ela chegar tudo vai mudar em mim. Mas julgo ser cedo demais falar disso e na verdade, me aborreço com as cobranças de um instinto que não possuo e não pretendo fabricar. Caramba, a mulher tem que dar satisfação de todas as sensações que permeiam seu corpo, até mesmo quando estamos falando de outro corpo! Qual o sentido nisso? As pessoas criam padrões de comportamento simplesmente impensados.
Fico imaginando uma série de coisas. Conversaria com a minha sobrinha por telepatia. Sei que quando ela chegar tudo vai mudar em mim. Mas julgo ser cedo demais falar disso e na verdade, me aborreço com as cobranças de um instinto que não possuo e não pretendo fabricar. Caramba, a mulher tem que dar satisfação de todas as sensações que permeiam seu corpo, até mesmo quando estamos falando de outro corpo! Qual o sentido nisso? As pessoas criam padrões de comportamento simplesmente impensados.
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