Eu
estava fazendo círculos no joelho com a ponta do dedo indicador, ouvindo um folk sobre questões mal resolvidas,
deixando a ansiedade tomar conta de mim. Eu estava convicta de que mais uma vez caí na armadilha de querer o que não pode ser meu. Você estava tão ao meu
alcance que não podia ser real. Eu juntei as peças que pipocaram na minha
lembrança e eu sabia: me deixei levar. Você não estava tão perto quanto eu
imaginava.
Nem
tão perto, nem tão longe. Você estava esperando a hora certa de correr! Eu não
ia te segurar dessa vez. Eu aprendi a soltar com o tempo. Mas doeu um pouquinho
o vislumbre da sua ida. Eu achava que você estava a um passo de me tocar... de verdade.
Por
isso, fechei os olhos por uns minutos e não demorou pra que eu prendesse a
respiração, imergisse. Em verdade, eu estava me afogando na minha própria paranoia.
As lágrimas começaram a escorrer na minha face. Era certo. Não tão certo... Certo?
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