Inconveniente

 

Voz amena
Não faz revolução
Na selva de pedras
Eles querem 
Guerra!

Idealista

Dentro de mim
A criança
Pinta

Rio Ouro

 

Eu sou uma
Cachoeira
Que precipita
Sem pedir
Licença

Espaço

 

Um coletivo
Próspero
É meu norte
Meu íntimo
É silêncio

Contato

 

Estou desencantada

Da troca

Me tranquei

Pra sarar feridas

Autêntica

 

Se eu falar
Baixinho
For mais delicada
Eles vão
Me ouvir

Plural y apartidária

 Será que o Diabo

É de Direita?

Sei que não há

Messias

Na Esquerda

Complexos sistemas

 

O problema
Dos padrões
É que eles
Apagam
Particularidades

Questões vencidas

 

Eu sei
O sistema
Me quer
Mercadoria
E ainda
Barateia
Minha cor

Fonte seca

 Afeto 
Como uma jóia
Escondida
Nos recônditos
Do meu ser

Só

A mente vasculha
Provas
Do descaso
Querendo
Justificar
O erro

A covardia mora ao lado

Vem sarar
Minhas feridas
Me desculpe
A covardia
Mas não me interessa
O seu estado

Eu preciso ser poeta

 Eu preciso ser poeta
Porque
A minha lágrima
Escorre 
Incontrolável
Pelos dedos

Geracionais

Existem

Todas aquelas

Coisas geracionais

Tais quais

Nossos pais

Brigaram

Cíclica

 

Eu amante
Da conexão natural
Negligenciei
A ancestral

Não sirvo

Servir é...
Abaixar a cabeça
Ter prioridade
Ligada
À utilidade

Sou senhora

 Raiva abafada
Traz tremor
Temor maior
É não poder
Soltar

Doença

 Viver de bolha
Beber de si
Respirar
Hipocrisia

Não quero correr

 

Parece que...
Tudo corre!

Fazer o quê?!

 

Diz que quer
Fazer
Porque alguém
Diz que faz
E é bonito
De ver

Exausta de entrega

 Há um temporal
Cá dentro
Chovendo em mim

Deixo ir

Todos os  Tropeços Foram outrora Traçados Pra me fazer Crescer

A fé

 A fé ganhou Sentido Quando entendi Que oração É sentimento

Infinito querer

Queria saber O que fazer Com esses  Amores infinitos

Sobre crescer

 

Eu cresci Meu corpo Parece o mesmo De outrora