Quando você desiste de se
manifestar porque tem medo da represália, é sinal de que a sua liberdade está
sendo limitada. Nessas situações, tudo gira em torno do “lado” que você está e
é sempre essa escolha aparentemente fácil que me faz pensar. Não deveríamos
todos estar do mesmo lado?
Hoje me peguei desistindo de me
expressar por puro medo. Senti vergonha e pior, fiquei triste por ter que agir
assim. Hoje em dia, você tem que ser extrema direita ou comunista. E isso
automaticamente te coloca em algum partido e debaixo de alguma bandeira. E é
claro que se posicionar é necessário, mas o mundo que eu conheço não contempla
só dois lados.
Eu sou apartidária, eu acredito
nos Direitos Humanos e desgosto da expressão “homem de bem”, porque acho que as
principais decisões têm sido tomadas por quem tem mais bens... patrimoniais. Tudo
isso sem a participação de quem realmente importa. A gente vive aqui debaixo da
linha do teatro de marionetes, brigamos, nos matamos e oprimimos uns aos outros
enquanto vestimos o que eles querem, agimos como eles querem. E isso é triste! Quando extremas, a direita e a
esquerda oprimem. O problema não é o lado. O problema é o excesso.
E bom, política tem tanta história
que dividi-la somente em dois é um reducionismo burro. Eu fico aqui pensando
que a vitória de um dos lados faz todo mundo perder, pelo desinteresse no
reformismo. E claro, a nostalgia sistêmica está de volta! A gente passa anos
recolhendo os cacos de um erro histórico, só pra cometê-lo de novo.
Eu só quero dizer que tem fascista
de esquerda administrando o oriente e que tem fascista de direita querendo
matar muita gente, sem ser julgada, sabe?! O fascismo é coação, uma imposição e
ele está sempre pelo Estado, nunca pelo povo. Fechar os olhos pra os políticos
corruptos que dizimaram coletivos sem dó, só pra dizer que o seu posicionamento
tem respaldo, te faz tanto ignorante quanto primitivo. Eu quero estar do lado dos vivos! Sem que pra isso eu tenha que vender minha alma, muito menos
endeusar bandido.
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