Senti saudade e pareceu inevitável. Era como
uma alma perdida em outras vidas que precisava cruzar comigo, nessa caminhada.
Eu não tinha o tempo que justificasse, mas a certeza do sentimento era rara. E
eu sabia.
Eu sentia e queria. É claro que não podia ser
fácil e as minhas vontades não posso atender. Então fico aqui, sem você. De
longe eu torço pra que esteja tudo bem, ou ao menos que você esteja sentindo a
minha falta também. Só pra que depois a gente se encontre e ria do zelo excessivo
que tivemos em nos manter distantes. Da ilusão que temos controle de nossas
vidas.
Eu quero tanto dividir experiências com você.
Te encontrar numa tarde fria pra tomar café. Mas qualquer convite é invasivo,
pra nossa rotina. Então fico aqui, sem você. Tomo meu café e sorrio com a
ilusão da tua presença. Me sinto boba e pequena, diante da fragilidade que é
sentir.
Que pena você ter que ir, com outro alguém,
pro outro lado da pista. Eu queria ter te visto antes. Ou só quando você
estivesse em sua própria companhia. Pra que fôssemos sós e repletos de nós
hábeis a se alinhar.
Não sei se te espero. Mas o que eu sei do
amanhã? O tempo é tema que me aborrece. Tenho birra com o ponteiro e desejo o
agora. Se você vir, tudo bem. Se não vir, que pena meu bem. Vou seguir de um
jeito ou de outro. Talvez te carregue impregnado na pele. Ainda assim, sigo
dona de mim.
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