Quero
dizer que você é presente e tudo em ti transmite uma inocência rara. Falo aqui
da inocência das almas boas, de essências peculiares. Você tem malícia. Você
transborda paixão. Mas tem mania de menino, andar ansioso de garoto. É despretensioso
o seu respirar.
Não
me atrevo a dizer isso a olho nu, porque não saberia me refrear. Há muito em ti
que me comove e me toca. Me toca porque são sensações conhecidas e
questionamentos que também já impregnaram a minha carne.
Teu
olho me pede socorro e meus braços, quase que por costume se abrem pra você. Eu
quero te dar esse colo, te dizer que não há nada nesse mundo que você não possa
conquistar, mas é aí que me perco.
Eis
a trajetória do meu penar: erguer e curar, pra então me despedaçar. Isso porque
quando trago alguém ao meu recanto, eu quero que fique. Não quero visitas
casuais, anseio morada. E a sua casa, meu bem, já foi ocupada.
Eu
não quero reivindicar um trono que já tem dono. Eu não quero tomar a força, o
seu amor. E a sua presença me faz questionar porque há tantas pessoas no mundo
que eu precise curar e nenhuma que me dê paz, querendo ficar.
É
transitória a paz, o amor, a felicidade. Efêmero, eles dizem. Me sinto
transitória em existência. Um momento vão e ilógico. Uma porção maldita de
amor. Maldita!
Por
isso menino, não sei dizer até quando honrarei a promessa de ficar. Na verdade
não sei por quanto tempo mais serei. Que meus guardiões me salvem de mim. E o
meu propósito, afinal, se torne mais leve no fim.
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