Ela
prometeu não se abalar. Logo cedo, quando acordou, olhou no espelho e disse “o
orgulho é a única coisa que pode me reerguer, caso eu sucumba. Por isso o
mantenho.” Ainda diante de tal afirmação, ela pensou que toda regra tem sua
exceção. Não podemos nos sobrepor aos outros, afinal.
Não
demorou muito pra que ela notasse que alguns egos precisam mais dos outros. Algumas pessoas, ainda quando se
concordam com elas, anseiam os aplausos no fim do discurso. Não basta sentir
que se está fazendo o certo, a plateia precisa reagir e dar louvor. Isso lhe
pareceu tão triste!
Era
ao teatro social que ela era avessa. Considerava burrice ter a última palavra.
Era o tipo de orgulho que não possuía. Controle é algo tão temporário. Ela
sabia porque admitia ser controladora, mesmo que pouco vaidosa.
Não
precisava dos outros pra saber que estava no caminho certo. Precisava sentir em
seu coração que seus valores eram seu guia. E no coração, poucos tocam.
Então,
tudo bem. O dia vai findar e alguém vai postar em alguma rede social que
precisamos nos amar mais. Vão chover likes
e compartilhamentos. Mas quem vai sentir esse amor ao encostar a cabeça no
travesseiro?
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