Acabou. Acabou? Eu não me
conformei. Não podia encerrar esse livro assim: com dois personagens pouco
convictos de que deveriam se afastar, mas mesmo assim o fazendo. Não havia
desastre natural, doença ou pessoa que justificasse tal distanciamento. Mas o
que havia então?
Haviam palavras... muitas delas. Meras
fumaças. Oras construindo pontes de um futuro promissor, oras destruindo a
trilha que se formou. Haviam nós ali. Confusões que ele criara na cabeça e o
sentir que ela guardara por muito tempo e talvez liberara cedo demais. Há vilão
e há vítima? Ele diz que sim. Mas na verdade eu só enxergo duas almas perdidas,
que se apoiaram e deram o que podiam dar de si. Houve esforço, houve verdades,
houve razão e a falta dela também. Mas e o ato? O ato também era fumaça. Por
isso eu não me conformo.
Fiz ela correr, contra seus
próprios padrões e fazer da ideia o concreto. Então houve nós. Eles se juntaram como quiseram por tanto tempo, talvez de um
jeito torto, mas do jeito que o dia pediu enfim. E foi lindo, e foi troncho, e
foi estranho, e foi belo, e foi... real! Mas então acabou. Acabou? Eu fechei o
livro conformado. Deixei que o leitor decidisse. Não vou mentir, havia uma
certa insatisfação em mim... Mas nem sempre a gente escolhe os personagens que
a gente cria, não é mesmo?
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