sábado, 20 de fevereiro de 2016

Spaceman. [Luto]


Faz algumas horas que eu soube que você foi pro espaço. Faz algumas horas que você virou pó de estrela e voltou pro começo de tudo. Talvez agora você esteja radiante, afinal você perseguia o infinito, não é mesmo? Você sempre quis ultrapassar os limites terrestres. É estranho escrever-te assim. É estranho pensar que eu tava te acompanhando mas não disse “adeus”. Faz tempo que não nos falamos, mas de alguma forma ainda acho que entendo. Entendo porque tudo é meio assim incompreensível.
Essa não é uma carta de adeus, mas é um “ei, você viverá pra sempre”. Viverá na vida de todos nos quais você passou. Pela sua pureza muitas vezes criticada, pela sua verdade inabalada, pela sua indiferença com a maldade mundana. Era simples, tinha que ser.

Me desculpe viu?! Eu não pude compreender. Mas hey, viaje entre galáxias meu amigo! Conte a quem puder o que viu. Encontre a luz! Vá com tua leveza andar com o altíssimo. Brilhe pra nós nas noites sombrias. Tenho certeza que não há do que se arrepender. Tenho certeza que você fez a vida valer. Você ensinou mais do que aprendeu.

Precisei do silêncio pra escutar tuas lições. Sei que conheci um pequeno rastro da sua existência, mas foi o bastante pra saber que algumas coisas apenas são reais. Algumas coisas reais são muito loucas. Não dá pra ficar parado esperando o tempo dos outros. É tudo efêmero. Mas a alma, o rastro, a marca que deixamos é eterna. As saudades não acabarão.

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