Quando há tudo a ser dito e quase nenhuma palavra sai da minha boca.. e quando sai, me deixa louca, porque gaguejo, confundo-me. Não me expresso, só aparento nada além de confusão. Mas como não pirar, quando vivo repetindo essa situação de querer o que é distante?
Ando nadando mundo
a fora, me incomodando como sempre com as ondas desse imenso oceano que
compartilhamos. Essa coisa de gente que mascara, finge e mente. Que se importa
com nada mais do que status, que me sorri e me apunha-la mais a frente.
Simplesmente, estou cansada de toda essa gente!
De ter que
esclarecer meus atos ou clarear os fatos do que penso pro público. Não quero
plateia, quero “ser” apenas. Pois tudo que respira ao meu lado, ainda quando
acho torto, não cutuco, não imponho minha ordem. Mas então por que preciso me
padronizar aos eventos do mundo? Por que quando consigo falar, minha reação soa
como a palmatória humana? Por que você não para e pensa que por trás da minha
artilharia bate um coração e corre sangue na veia, exatamente como você?!
Me canso desse movimento
todo. Dessa gente que me olha estranho, que me oculta fatos, me culpa e
descaradamente acredita que eu não enxergo 1/3 de suas reais intenções. Desses
clichês numerosos e dessas imposições sociais fúteis. Ás vezes, quero só um
exílio de tudo pra poder afundar em mim. Onde sei que estou segura e as coisas
são tão mais simples de decifrar. Onde não há dedos maiores que eu, apontados pro
meu mar e eu posso viver a utopia de um futuro mais justo e consciente..
É mesmo um absurdo
clamar por respeito num mundo como o nosso! De patologias frias e sentimentalismos
sãos. Onde o meio termo é farsa e a normalidade é margem. Decido então,
marginalizar-me na opção de mudar o que me rodeia e não limitar-me ao comodismo
cotidiano. De ser doente para fazer pro mundo, outros planos... Pra sonhar com
a mudança e fazê-la real. Preparar-me ao menos, pra nos tirar dessa ridícula
fatalidade moral.
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