...você pensa sobre
aqueles momentos inexplicáveis. Aquelas curvas da vida, simplesmente muito
estranhas... Aquelas sensações desmedidas, aquelas ideias que passeiam e se
perdem no ar sem motivo.
Eu vi uma alma outro dia, não que ela seja única, mas a defino como singular porque pra mim ela se destacou de tal maneira que não a pude ignorar. Ainda que superficialmente eu a desdenhasse, era como se aquele espírito já tivesse se cruzado comigo, de tal forma que vidrei meus olhos no seu semblante e nem entendi o porquê. Meu olhar vidrado parou por aí. Não mais avancei, não mais cogitei nada além de contemplar.
Eu vi uma alma outro dia, não que ela seja única, mas a defino como singular porque pra mim ela se destacou de tal maneira que não a pude ignorar. Ainda que superficialmente eu a desdenhasse, era como se aquele espírito já tivesse se cruzado comigo, de tal forma que vidrei meus olhos no seu semblante e nem entendi o porquê. Meu olhar vidrado parou por aí. Não mais avancei, não mais cogitei nada além de contemplar.
Porque almas são
almas e vida é vida. O viver daquele frasco não coincidia com as minhas
perspectivas. Ainda assim, meus olhos se perdiam no tal conteúdo que aquele ser
escondia, pra quê? O encarei curiosamente, mas pra qualquer um que se visse
nessa situação interpretaria meu ato como um cortejar indecente. Por isso mesmo
parei. Parei no ato. Parei no pensamento. Fiquei incontente. Não entendi nada,
inconsolei-me com a dúvida. Morri nos instantes que dividi o espaço com essa
alma e sem motivo algum.
Tenho tido muitas confissões também. Dessas que aparecem em sonhos. Não sei se neles falo com Deus ou com o meu anjo da guarda, sei que falo com alguém. Com alguém que sabe dos meus segredos. Com alguém que me indaga sobre meus prováveis medos. Mas o que eu queria saber mesmo é qual o sentido disso tudo?
Eu sei o que quero,
só não entendo porque tantas intervenções e provações. Sou só eu e meu
objetivo, como sempre foi. Seguindo, procurando algo que se encaixe na trilha.
Algo menos escorregadio e de mais coragem. Eu tive um fio de devaneio, pensei
em outras possibilidades mas não fui covarde. Fui leal aos meus ideais.
Não errar,
significa te perder? Não investir numa ideia boba, também tem que significar
não te ter? São dois caminhos e eu no meio, amor. Eu te escolhi. Mas eu
continuo no meio: das minhas ideias, desses sonhos sem sentido, do significado
que nunca vem. Quero sim intervenções divinas, mas só aquelas que me levem
além.
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