Depois de muito me
perder e de ver por todos os lados aqueles antigos rostos, que há tempos não
via, me debati com o rosto que meus pensamentos tem caçado há um certo tempo.
Ela, minha velha amiga, estava diante de mim novamente, não só ela como uma
acompanhante. Uma menina de mesmo nome e que estranhamente eu pensava ter um
recente laço de amizade. Surpresa com a coincidência nominal, eu fiz um
comentário à toa, falei o quanto era interessante as duas estarem frente a
frente.
Eu as apresentava.
Mas foi a minha amiga que lançou o questionamento mais interessante: “E você,
também não é a nova Mariana?”. Que pensamento mais bobo, ela me conhecia, sabia
quem eu era, é claro que neguei. Mas ela riu, como quem sabiamente diz “Você
ainda não entendeu o que eu quero dizer”. E eu acordei.
Eu sou a nova
Mariana? Ela, ainda é a minha velha amiga? Quando eu encontrá-la, diante de
quem estarei? Sua indagação, ficou na minha mente por horas e horas. Não que eu
já não tivesse parado pra notar minhas transformações, mas esses dias estive
muito ciente sobre quem fui. Quem fui.
Vale tão a pena assim lembrar onde os meus erros me colocaram?