quinta-feira, 30 de maio de 2013

No fundo.. das ideias!




Depois de muito me perder e de ver por todos os lados aqueles antigos rostos, que há tempos não via, me debati com o rosto que meus pensamentos tem caçado há um certo tempo. Ela, minha velha amiga, estava diante de mim novamente, não só ela como uma acompanhante. Uma menina de mesmo nome e que estranhamente eu pensava ter um recente laço de amizade. Surpresa com a coincidência nominal, eu fiz um comentário à toa, falei o quanto era interessante as duas estarem frente a frente.
Eu as apresentava. Mas foi a minha amiga que lançou o questionamento mais interessante: “E você, também não é a nova Mariana?”. Que pensamento mais bobo, ela me conhecia, sabia quem eu era, é claro que neguei. Mas ela riu, como quem sabiamente diz “Você ainda não entendeu o que eu quero dizer”. E eu acordei.
Eu sou a nova Mariana? Ela, ainda é a minha velha amiga? Quando eu encontrá-la, diante de quem estarei? Sua indagação, ficou na minha mente por horas e horas. Não que eu já não tivesse parado pra notar minhas transformações, mas esses dias estive muito ciente sobre quem fui. Quem fui. Vale tão a pena assim lembrar onde os meus erros me colocaram?

sábado, 25 de maio de 2013

No que vai, volta, pára e continua.



Das ideias humanas que de tempos em tempos pairam nas consciências e que por uma intervenção social, são coibidas a simplesmente sumir.
“Quando nascemos fomos programados a receber o que vocês nos empurraram com os enlatados de USA, de 9 às 6. Desde pequenos comemos lixos, comercial e industrial. Mas agora chegou a nossa vez, vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês” entoou Renato, numa Legião em 84. E agora me pergunto, o que mudou? Das ideias que tivemos, quais realmente ficaram?

Deixamos que dessem golpes de estados nas nossas mentes. Que nos desinstituíssem da diretoria de nossas próprias ideias. Nos deixamos levar pelas nuances midiáticas, pela maioria programada, pelas regras facilmente compradas. Está na história, nas tentativas de mudança, nas guerras pela diferença. GUERRA patrulheiros, levantar canhão hoje é o fim! Mas quem foi que disse que a ONU faz a justiça do mundo? Quem são mesmo essas Nações Unidas? Até parece que na cidade, você dorme todo dia em paz. Até parece que não rezamos por um dia a mais...

No celar do dia...


...você pensa sobre aqueles momentos inexplicáveis. Aquelas curvas da vida, simplesmente muito estranhas... Aquelas sensações desmedidas, aquelas ideias que passeiam e se perdem no ar sem motivo.

 
Eu vi uma alma outro dia, não que ela seja única, mas a defino como singular porque pra mim ela se destacou de tal maneira que não a pude ignorar. Ainda que superficialmente eu a desdenhasse, era como se aquele espírito já tivesse se cruzado comigo, de tal forma que vidrei meus olhos no seu semblante e nem entendi o porquê. Meu olhar vidrado parou por aí. Não mais avancei, não mais cogitei nada além de contemplar.
Porque almas são almas e vida é vida. O viver daquele frasco não coincidia com as minhas perspectivas. Ainda assim, meus olhos se perdiam no tal conteúdo que aquele ser escondia, pra quê? O encarei curiosamente, mas pra qualquer um que se visse nessa situação interpretaria meu ato como um cortejar indecente. Por isso mesmo parei. Parei no ato. Parei no pensamento. Fiquei incontente. Não entendi nada, inconsolei-me com a dúvida. Morri nos instantes que dividi o espaço com essa alma e sem motivo algum.

Tortura





Quando há tudo a ser dito e quase nenhuma palavra sai da minha boca.. e quando sai, me deixa louca, porque gaguejo, confundo-me. Não me expresso, só aparento nada além de confusão. Mas como não pirar, quando vivo repetindo essa situação de querer o que é distante?
Ando nadando mundo a fora, me incomodando como sempre com as ondas desse imenso oceano que compartilhamos. Essa coisa de gente que mascara, finge e mente. Que se importa com nada mais do que status, que me sorri e me apunha-la mais a frente. Simplesmente, estou cansada de toda essa gente!

De ter que esclarecer meus atos ou clarear os fatos do que penso pro público. Não quero plateia, quero “ser” apenas. Pois tudo que respira ao meu lado, ainda quando acho torto, não cutuco, não imponho minha ordem. Mas então por que preciso me padronizar aos eventos do mundo? Por que quando consigo falar, minha reação soa como a palmatória humana? Por que você não para e pensa que por trás da minha artilharia bate um coração e corre sangue na veia, exatamente como você?!

Rosas




Quem foi que disse que as rosas são delicadas? Quem nunca viu que seu caule é coberto por espadas? Quem foi esse que realmente acreditou que poderia tocar nas pétalas sem sentir dor? Por que toda mulher deve ser a pura e simples representação do amor?
Para chegar na mais doce fragrância que se encontra num topo de uma rosa, deve se percorrer uma longa estrada de espinhos. Uma pétala não se doa de graça, nem tampouco se entrega a qualquer viajante de mãos bobas e ideias deturpadas.
Estranho, é que as pessoas só lembram da parte doce e primaveril dos longos campos de flores. E condena qualquer outro sopro amargo como incoerência do gênero. “Ora essa, flores são flores, todas devem ser frágeis, cheirosas e inocentes e se assim não são, outra coisa deverão ser.”

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Pressa

 
Tenho tido muita pressa e acho que preciso de um freio. Porque enquanto o ponteiro do relógio corre, em mim escorre. Tudo aqui dentro é veloz, ás vezes tão rápido que mal consigo acompanhar... Navego em mim sem rumo e incomodo-me com a lentidão social. Sou jovem, imediatista, do tipo que os pensamentos extrapolam as limitações físicas e ver a dificuldade da maioria em dar o próximo passo, me cansa.
Debato-me comigo o dia inteiro se preciso, apenas para ter uma decisão antes de dormir. Não gosto da imobilidade, não gosto da dúvida, nem da inércia. Em alguns momentos, é como se o mundo parasse e eu tivesse a necessidade de andar. Esperar? Não, também não gosto disso.
Concluo em mim tudo com muita agilidade e não entendo a mania das pessoas de simplesmente deixarem pra lá a parte mais importante do texto da vida. Basta deixar que meus olhos passeiem, para que em segundos minha mente viaje...