... e o mundo não pára! Para te ver, para te esperar, pra você. O mundo é mudo, mas vive e leva com ele mil destinos também vivos, também dinâmicos. É estranho ver tantas pessoas, tantas histórias, tanta beleza ao lado de tanta miséria.
Ver a pobreza, ver
o nosso ‘rico universo paralelo’ onde todos se locomovem em cabines
motorizadas. Cabines que não são só cabines, mas que servem de pura ferramenta
de exibição. Nos mostramos enquanto os pequenos somem, bem por baixo dos nossos
olhos... E ás vezes nem tão embaixo assim.
Pra quê se importar? O mundo é grande e a dor existe, lidar com ela né? Nada disso! Mudar, lutar, movimentar-se como a Terra. Ela gira e nós paramos, pra quê? Pra ver tudo tremer, gente como a gente morrer, e tantos outros lutando pra sobreviver. Conformar-se e só. Chorar pela perda e rezar por um amanhã melhor.
Que Deus nos ame e nos cuide, mas que nós mesmos nos amemos e nos preservemos. Afinal, somos nós que vivemos e aqui estamos nos envolvendo e saqueando toda a vida que existe a nossa volta no simples intuito de satisfação. Nós tiramos e não repomos. Nós vemos o erro e não consertamos.
Os alienados têm o álibi da falta de conhecimento, os ricos têm o próprio bolso pra manter e os do meio? Esse são a voz, as pernas e as costas da nação. Mas não é com a boca que se vai à Roma?
Então giremos, meus belos. Deixemos o feio egoísmo de lado. Andemos, queridos! Apenas para sentir o ar que preenche o nosso espaço. A Terra anda precisando mesmo ser inspirada, até porque há muita fuligem para ser expirada. Perdemos o simples contato com o que nos rodeia e precisamos disso de volta. Para poder andar em nossas cabines luxuosamente isoladas, em paz. Ou até por mais: provocar a unanimidade nesse andar. Justiça, tão desejada justiça, não fuja sem antes nos beijar com a sua grandiosidade esplendorosa!
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