Andei errando as
batidas. Não faz muito tempo que exagerei na dose. Coloquei brilho demais em
alguns rastros que cruzei. Daí desacelerei, retomei meus planos e caí em outra
rota. Sentei um pouco, examinei de longe, fui dar uma volta...
Que surpresas esse novo
caminho me reserva? A vista parece tão bonita, o clima agradável e há muito do
que gosto por aqui. Mas me mantenho desconfiada. Você sabe, tem aquela pulga
que me diz que nada vem fácil! Não estou acostumada a ganhar prêmios de bom
grado. Não consigo me entusiasmar com tamanha oportunidade.
Por isso me sinto
errada. Se está tudo tão certo aqui fora, por que parece tão incômodo aqui
dentro? Eu já deixei pra trás muitos caminhos que senti não serem meus. Mas
ainda estou aprendendo a recusar os rumos dos outros.
Queria entender por que
dessa vez está tão difícil me lançar. Sinto que a minha cautela tomou o
controle da situação, justamente quando posso estar a um passo do sonho. Tenho
me conectado mais facilmente às incertezas do que com provas concretas. E isso
me preocupa de um tanto, que nem sei descrever.
Eu só não quero ser um
peso morto, muito menos fincar meus pés no chão sem curtir a paisagem.
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