Tenho preguiça de me esticar nas fotos pra que meu
corpo fique perfeito. Minhas roupas são a mistura de vários estilos e não cedo
pra maioria dos vícios modernos. Então, não meu bem, não terei lisergias com
você. Meus olhos estão sempre bem
abertos.
Afinal, de que outro modo vou lembrar da cor da sua pele contrastando com o Sol e de como você reage às minhas piadas sem graça?! Não vou me oferecer, se não for com o tom de deboche. Não vou enrolar, nem esperar pra te puxar pra perto de mim.
Você não vai me conquistar com materialismos, mas vai
me ganhar se sorrir quando eu segurar seu rosto com as duas mãos. Vou te fazer
poesias mil, sem que você saiba. E se você me jurar amor, vou abrir a minha
caixa de escritos pra você.
Não, eu não vou postar uma foto provocativa pra te
mostrar que mereço ser desejada. Mas vou gostar se você me olhar com malícia,
enquanto eu ensaiar um desfile bobo ao seu lado. Eu vou até beijar a sua mão,
como se te cortejasse nos anos 40 e te chamar pra assistir algum fenômeno
astrológico, nas horas vagas.
As coisas que me importam são as que fazem o coração
acelerar ou parar. E somente elas. Eu sou complexa demais pra ser lida
rapidamente. Então sente-se e observe com cautela.
Amei essa crônica. Pareceu até uma profecia.
ResponderExcluir