Ás vezes paro e reparo na fluidez
das relações que cultivei na vida. Como sempre me apego, largo e deixo as
pessoas flutuando à minha volta em determinado ponto. Tudo porque não me sinto
vista e compreendida. Mas será mesmo que há alguém que nos enxergue por
completo?
No geral, as pessoas procuram um
pouco de si nos outros. Elas se identificam ou querem a chave dos seus dilemas no espaço social. Sempre que me sinto dispensável, paro e dou dois passos pra
trás. Grito: não! Bato pé: aqui não. O tempo passa, as pessoas querem
permanecer em alguma parte da minha vida. Mas não por completo. Só em partes.
Isso me entristece, porque cria em
mim a necessidade do complemento. Quando eu deveria me bastar. E eu sei que me
basto em algum ponto. Só é meio frustrante dar de cara com sentimentos
incompletos o...tempo...todo.
É como ficar presa no paradoxo de necessitar
do outro e ver que o outro nunca vai entender quem eu sou. Eu tô bem no meio,
me perdendo e me encontrando. Posso jurar: não faz sentido, na maior parte do
tempo.
Mas talvez a grande ideia da
fluidez seja atravessar a lógica. É o movimento em si, ainda que disforme. É o
alterna-se entre o ser e o deixar de ser, transformando-se no inesperado. Será?
Nada faz sentido.
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