Queria ter uma
forma fácil de discernir entre o que é miragem e o que é pra valer. Queria
saber decidir entre as borboletas na barriga e a pulga atrás da orelha. É
sempre muito fácil reconhecer o frio na boca do estômago... Os sentidos são
sempre claros. O medo é quem distorce. O erro é quem ensina. A perda é que cria
a pulga.
E assim sigo num
tortuoso caminho, sempre me deparando com escolhas difíceis. Entre a razão e o
coração nunca é fácil. Sempre fico um pouco pra trás. Fico pensando nos sinais.
Nas pistas da vida, ou nas fantasias que criei.
É dos sentidos
que se faz a vida, apostam os otimistas. Mas eu não sei se ainda tenho forças
para travar essa batalha. Ainda penso que minha voz falhará e minha perna
enfraquecerá. Eu vou cair e você sabe. De um jeito ou de outro, estou a seus
pés.
Não há nada a
ser dito que eu não precise ouvir de você primeiro. E tudo bem. Você não é de
nada. Isso aqui não é nada. É tudo sensação e ilusão.
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