sábado, 30 de junho de 2018

Desamor



A ressaca do término segue ganhando a dos vícios mundanos. Você acorda com a cara amassada, o coração partido e manha de criança. Você segue uns dias querendo ser mimado. Em outros reconhece a necessidade de amadurecer. Então você volta pra si, entende que é hora de deixar ir. Mas algo permanece.

Os vícios estão lá e é dolorido deixá-los pra trás. Você vai se habituando. Evita o assunto e os métodos que envolviam aquele alguém. Mas o sentir não some de repente e não há fórmula para o desamor. Para apagar a lembrança, que fortuitamente lhe rouba numa distração. Ou a saudade que deixa aquele comichão no peito. A mente entende, mas o corpo reclama.
Então você se sente meio insano pela abstinência. Você quer de volta do seu jeito. Sabe que não terá. Lembra que o seu jeito, não é o “nosso” jeito. Você se culpa e fica irado por sentir. 
Mas andorinha só não faz verão, já diz a música. E não adianta você insistir na intensidade do outro, na vontade do outro e no empenho dele de fazer dar certo. Se expirou, é melhor deixar ir. Saudade por saudade não se cura só. É só um momento. Não vai passar agora. Mas tudo passa. Tudo. Passa. Crê!

Nenhum comentário:

Postar um comentário