A ressaca do término segue
ganhando a dos vícios mundanos. Você acorda com a cara amassada, o coração
partido e manha de criança. Você segue uns dias querendo ser mimado. Em outros
reconhece a necessidade de amadurecer. Então você volta pra si, entende que é
hora de deixar ir. Mas algo permanece.
Os vícios estão lá e é dolorido
deixá-los pra trás. Você vai se habituando. Evita o assunto e os métodos que
envolviam aquele alguém. Mas o sentir não some de repente e não há fórmula para
o desamor. Para apagar a lembrança, que fortuitamente lhe rouba numa distração.
Ou a saudade que deixa aquele comichão no peito. A mente entende, mas o corpo
reclama.
Então você se sente meio insano
pela abstinência. Você quer de volta do seu jeito. Sabe que não terá. Lembra
que o seu jeito, não é o “nosso” jeito. Você se culpa e fica irado por
sentir.
Mas andorinha só não faz verão, já
diz a música. E não adianta você insistir na intensidade do outro, na vontade
do outro e no empenho dele de fazer dar certo. Se expirou, é melhor deixar ir.
Saudade por saudade não se cura só. É só um momento. Não vai passar agora. Mas
tudo passa. Tudo. Passa. Crê!
Nenhum comentário:
Postar um comentário