Vivemos uma era
de transição, de quebra de padrões e revolução no modo de amar e enxergar o
outro. E isso é tão incrível por um lado, mas também tão triste por outro!
Incrível porque estamos aprendendo a aceitar mais a nossas diferenças e
respeitá-las. Mas o passado ainda nos assombra, pois pessoas livres e
encarceradas vivem lado a lado. E quem está encarcerado, às vezes faz questão
de fazer os livres se sentirem culpados pela sua liberdade. Isso é triste!
Quando penso no
amor heterossexual e idealizado, concluo que é muito difícil não sentir o peso
que a mulher arrasta consigo. Pela escuridão de informação, pela repressão e
falta de auto conhecimento, de amor próprio. Pelo homem que acredita que seu
gênero nasce para dominar e desde cedo tem liberdade irrestrita. Penso
principalmente nos corações que se partem no caminho, justamente pela ilusão
que nos foi vendida.
Há anos ouço
histórias que provam as estórias de amor.
O mundo não é um conto de fadas e isso não se deve à falta de magia. Somos nós
que desbotamos ele e nem nos damos conta. Porque é um ciclo! Quebrar esse vício
é coisa de gente nada religiosa, libertina, sensível.
Que sejamos mais
sensíveis, aprendamos a não tratar o outro como objeto e principalmente
aprendamos a amar, sobretudo respeitando o próximo. Que no futuro meus filhos
não ouçam sobre traições clichês, sobre dedos podres e crianças perdidas que
brincam de amar, descartando-se uns aos outros com seus corpos adultos.
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