“É
um cérebro perfeitamente normal”essa frase do Dr. Laszlo Kreizler ficou presa
na minha cabeça. Trata-se de um recorte do último episódio de The Alienist, no
qual o protagonista e alienista literalmente analisa o cérebro de um serial
killer. Dr. Laszlo, por sinal, é um personagem muito intrigante em si próprio.
É um cientista cético, mas que também diz crer em Deus. No geral ele prefere
debruçar-se sobre o fisiológico para encontrar respostas, mas seus métodos
foram insuficientes para cessar seus questionamentos acerca da mente humana.
Afinal, o cérebro do pior serial killer que ele teria cruzado era
“perfeitamente normal”.
Isso
me leva a pensar acerca da fragilidade da vida. Sobre sermos tanto e tão pouco.
Como a nossa mente é capaz de criar enredos tão bem arquitetados, como
elaboramos a arte, a música, as histórias, nossos sonhos e ao mesmo tempo sermos
tão frágeis, feitos de carne. Da mesma podre carne. Somos facilmente extintos e
para bem ou para o mal, nossas maiores diferenças não são biológicas. Porque,
segundo Darwin, o que não nos serve a natureza retira. Portanto, somos o melhor
da espécie, enquanto carnes.
Só
que não sermos somente carne é também assustador. Sentimos amor, medo, dor e
infligimos, ao nosso modo, essa impressão no mundo. E assim o mundo gira e a
gente se autoextermina ou regenera. Até... quando?
Até
quando seremos exposição, beleza, visão, padrão...? Não entendo a dificuldade
humana em se pôr em unidade, em alinhamento, sem que haja violência ou trapaça
envolvidas. Isso é grave e me dá muito
medo.
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