Nossa
vida é comercialmente preenchida de símbolos porque todos nós estamos sempre em
busca de significados. Precisamos fazer e escolher um sentido. E a essência de
tudo que criamos precisa ter uma representação (por isso os símbolos). Mas e
quando nos forçamos a fazer algo que não é da nossa essência para alcançar um
sentido que impomos a nós mesmos?
Digo
no sentido de nos submeter à rotinas que não gostamos para alcançar uma
finalidade. Afinal todo bom objetivo tem obstáculos e nós somos estimulados o
tempo todo a vencê-los. Ao dizer isso, não pretendo incentivar que sejamos
todos derrotados e acomodados. Mas questionando: e se as coisas simplesmente
não fossem uma disputa? Se eu simplesmente resolvesse não entrar no jogo?
Quando
faço essas perguntas, penso que o nosso modo de vida está tão posto que quem
não entra no jogo está à margem e, portanto, logo padece. E isso me entristece.
É
triste perceber que sempre estamos nos “castrando” para caber num espaço
idealizado. É como se deixássemos de viver
e persistíssemos em pertencer. A
sensação de estar deixando outras tantas
sensações de lado, apenas para ter um significado no mundo, por vezes me
frustra. É como uma insatisfação que perdura e que às vezes finjo esquecer.
Só
não me parece certo batalhar tanto e deixar a vida pra depois. Não desfrutar da
sacralidade que é estar vivo todo dia.
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