A
gente tá entre os enquadros de Adriana e a sonífera ilha de Titãs. No caminho,
eu te puxei pelo rádio e segui sua trilha. Eu te queria sozinho, como queria.
Eu te cantava meus versos de amor, eu te escrevia poemas abandonada no quarto.
Eu te segui com os olhos, eu deslizei o dedo no touch e me senti traída. Eu gravei uns áudios e te culpei. Eu
gritei.
Você
não assumiu a culpa. Você me chamou de louca. Você acabou assumindo que gostou
de mim. Você me beijou à distância. Você saiu correndo, quando eu fui chegando
perto. Você me puxou pra perto e depois me largou. A gente conversou esse tempo
todo.
Eu
disse que te amava, viu? Eu disse com a boca e com as atitudes. Eu te segurei
pela mão, quando você disse “adeus” e quando você nem tava pensando em mim. Eu
escrevi textões de amor, quando você disse que era melhor eu partir. E isso é
muito insano sim, mas eu te garanto que eu pensei.
Esse
tempo todo eu pensei. Mas o peito não segurou essas verdades que me entalaram e
me fizeram gritar, então eu despejei. Despejei em busca de um milagre. Mas você
parece que estacionou nas hipóteses. Quando você tava comigo você dizia coisas
como “acho que sim.”, “talvez amanhã”, “eu pensei em nós dois”. Você corria pra
mim só pra ouvir eu jurar que tava contigo e se comovia. Você ria e dizia que
eu era louca, mas também não dizia “eu te amo”. Você não diz, entende? VOCÊ NÃO
DIZ.
Você
me espelha e sabe disso. Você queria ter controle de nós, da minha dor, das
minhas pernas e da necessidade que eu deveria ter em te deixar. Mas somos
teimosos. Então nos restou o vento. O espaço e as intenções. Eu posso ter tido
vontade de te ter nas mãos e posso até ter tentado. Mas eu não tenho a pilha certa
pro seu controle. E você acha que me pilha dizendo que te faço de marionete. Enquanto
eu penso que você é meio cego.
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