Não
tem problema algum em ter raiva. Você não precisa ser comedido e equilibrado
sempre. Não precisa ser cortês, se não quiser ser. Desde que não prejudique ou
machuque ninguém, não há problema nenhum em estar realmente muito puto.
Isso
me gera inquietude: estar com raiva e todos tentarem reprimir você. Todo mundo
parece ter uma fórmula pronta pra te fazer parar de gritar, quando talvez a
única forma de você realmente se sentir em paz seja esperneando.
Olha,
eu não quero superar esse problema agora, tá bem? Eu não reclamei o suficiente.
Ainda não maldisse o mundo. Eu preciso disso, sabe? Pois vim agindo certo esse
tempo todo e eu não tenho culpa alguma de tudo ter desmoronado. Ninguém tem.
Enxergar isso é o meu maior problema. Porque me impuseram uma decisão, uma
reação e um comprometimento com a superação que eu não pedi!
Eu
concordei porque não havia outra saída. Eu tô tentando me acostumar, porque
tudo está apontando pra essa postura. Mas têm algo aqui dentro de mim, dizendo
que tá errado. Tá errado o jeito que foi! E eu quero consertar. Eu quero mesmo
consertar, porque faz parte de mim
ser assim.
Eu
não posso fazer tudo sozinha. Foi por isso que aceitei a sua decisão. Ainda não concordo com ela, mas não vejo modos de
passar uma borracha em cima disso tudo. Se for pra reescrever, que seja sob
outros prismas, por favor. Não somos crianças e devemos aprender com nossos
erros.
Eu
sei que estou em desvantagem. É por isso que eu ainda estou muito puta com você. Ninguém há de
concordar que os meus instintos te
precisam. São meus os sentimentos. As lástimas são dos outros. As lágrimas
de crocodilo também. Quando vamos acabar com isso, meu bem?
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