Eu tava como
sempre, no meu canto, perseguindo minha velha cauda e ouvindo o silêncio do
caos. Te encontrei no caminho e você sorriu pra mim. Então rimos, dividimos
aquelas pistas que certa feita tomaram nossos dias, aquele passado ferido,
nosso presente despretensioso. Foi afetuoso, claro. Partilhamos o coração e
prometemos ser sinceros no processo.
Quando o sentimento
é puro, ele é assim. A gente vai lá e fala, não mede as consequências. Mas os
dias passam e a consciência chega. A gente começa a pesar. A gente duvida que
tudo possa realmente ser tão simples. Porque nunca foi.
Então a emoção já
não basta, deixamos as promessas de lado e começamos a testar os traços de realidade.
Exaustivamente plantamos provas, interrogações, inseguranças. E então agora
parece que estamos jogando. Ou será só
outro nível do jogo e eu não me dei conta à tempo?
É diferente pra
nós, eu sei. Eu gostei desde o início por ser assim. Mas não desfaz o que a
gente construiu não, benzinho. Larga essa bobeira de lado e vamos levando. Eu
sei, é recente e tudo muito mágico. Faz
parte do feitiço não saber bem o processo. Mas quando há empenho o
resultado tende a ser o procurado.
Então não se
confunda ao tentar me convencer. Vamos manter a surpresa dos sentimentos bons e
quem sabe, brindar os sustos do caminho.
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