De
alguma forma eu sei que estamos aqui de novo. Em um daqueles momentos que não
consigo agarrar a minha mente com as mãos, porque ela está em toda a parte. Em
um daqueles momentos em que sou eu contra quem mais decidir que sou uma ameaça.
O meu silêncio me destrói... Falar demais me torna boba.
Sabe,
eu estive pensando como seria acordar em um dia em que ninguém resolveu desvendar
um pedaço meu. Um dia em que o curioso viria até mim e perguntaria, sem
máscaras e com suficiente altivez e coragem “hey, porque você age assim?”. Um
dia feliz, em que eu teria o simples direito da resposta e não da insana fuga
psicológica.
Mas
é lógico que isso tudo é coisa da minha cabeça. Não há perseguição, não há
inimigos. Só existe os outros e eu. Mas ainda assim, o meu caminho parece
distante. Eu como a maioria quero um tanto de coisas que parecem grandes demais,
mas eu acredito nelas ainda assim. Já os outros são vizinhos no mundo das
falácias, em que os ideais são aceitáveis e bons o bastante pra difundir, mas e
quanto a agir?!
Não,
eu não vou esquecer. Egoísmo, vingança, rancor, chamem do que quiser. Quando
digo o que penso é pra valer e não pra estar no padrão. Afinal, ninguém
conseguiu até hoje equacionar o amor e a felicidade. Não há consenso e ponto
final. Muitas vezes eu queria esquecer e refazer tudo, desviar de alguns
obstáculos, mas foram eles que me trouxeram aqui afinal, não é?
Então
tá bom, não vou recuar. Vamos em frente, ainda que sempre se perguntando “porquê
meu Deus, porquê?”, mas vamos. Seja pra onde for que termine bem. Mas uma coisa
eu garanto: vou continuar seguindo essas coisas da minha cabeça, porque foram
por elas que sobrevivi e insisti. É na minha insanidade que moram meus mais
louváveis objetivos e eu não vou passar por tudo isso em vão. Ah, não vou
não...
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