Não
há problema algum em sonhar, em querer ir além. É preciso disposição para crescer.
Mas meu bem, o mundo não é um ringue e você não precisa passar a perna em mim
para avançar o próximo degrau.
Sinto
muito, mas não, eu não quero ser você! Eu tenho as minhas próprias perspectivas
e toda uma história por trás do capítulo em que nos encontramos. Eu acho que
devíamos elevar um ao outro no próximo passo. Andar lado à lado e não como
sombras, prontas pra sugar o que há de valioso.
Eu
sei, às vezes parece que somos animais numa floresta apenas em busca dos nossos
próprios interesses. Mas a gente só se volta pra dentro quando o exterior
incomoda. Eu só fico comigo, quando alguém resolve me invadir sem pedir
licença. Ora, você não acha uma ofensa a
descortesia que é a brutalidade?! Pois eu prefiro a delicadeza. Por isso
insisto: tenha a fineza de acreditar um pouco mais em mim, antes de aferir-me
uma rasteira.
Você
acha mesmo que eu te ofereço risco? Então
somos suspeitos de um crime perfeito, mas... crimes perfeitos não deixam
suspeitos! Por isso sugiro: grite. Me aponte o dedo. Libere a morfina que te anestesia,
pois quanto mais você a deixar presa dentro de si, mais ela irá te intoxicar. E
eu nada posso fazer com tudo o que não posso pegar. Reparos são feitos no
concreto. Ideias e sentimentos misturados distraem. Você não vê que está
perdendo o nosso tempo?
Está
aumentando o buraco entre nós. E sinto muito, mas eu não vou até o fundo disso.
Eu tenho toda uma vida para ser posta em prática e ela não pára, nem por você,
nem por ninguém.
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