Que
tarefa exaustiva essa de exibir-me pra você! Já acho chato tudo isso de ter que
convencer o mundo de que se é digno, quando na verdade, só me bastava ser. Mas quando resolvo colocar nas tuas
mãos um trecho das minhas ideias mais íntimas, você poderia não cair no
habitual?
Estou
um pouco triste em ter que repetir aquela antiga frase materna: eu não sou todo mundo, que pena! Se continuar a me olhar com esses olhos acomodados,
nada verá. A minha embalagem é bem simplória, diria até que depressiva. Mas as
minhas pausas e birras, não se limitam a fatos isolados. Não, não. Não me olhe
por cima.
Não
me venha com esse seu desdém barato achando que preciso estar no centro de
tudo. Eu não tenho quatro anos e não vou fazer beicinho, se não ganhar meu
doce, querido. Cresça! Achei que já
tivéssemos passado a fase dos julgamentos rasos.
Pra
ser sincera, eu demoro um pouco pra torcer a cara. Mas quando o faço, voltar ao
zero é uma tarefa diiiifícil... É, eu tenho esse péssimo costume de absorver a
dor alheia e guardar minhas feridas lá no fundo. Quando chego no topo, aí já
viu... O tempo fecha.
Tempestades
e trovões se passam, enquanto me recolho e fico blazé. So please, give me a
time... Ou posso acabar devorando você. Não sabia que os melhores
predadores são aqueles que não anunciam a hora da caça?
Use
a cabeça e só não esqueça que eu também não esqueci. Enquanto tudo pairar no
ar, nada estará em paz. Se preferes jogar a poeira pra debaixo do tapete, eu
não ligo. Mas também não digo que tudo será como antes. Até porque meu rio já
passou por aqui, como também já deixou de ser o mesmo.
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