Lá vem aquela sensação de novo. Aquela irritação atemporal e inexplicável que a ficção diria capaz de causar formigamento. Eu aqui, inserida nesse mundo e me sentindo tão fora dele. Não é melancolia nem nada... é só estranho. Parece chato “participar”. Não, não... parece incômodo.
Sim, eu me
incomodo. Eu me incomodo ao ver as mesmas pessoas fazendo as mesmas coisas, sempre. Eu simplesmente sou atingida
por uma enorme vontade de berrar aos que puderem ouvir “mova-se, mude isso,
saia daí”. Desnecessário.
As pessoas só mudam
quando assim o querem. E se vão na onda, te culpam por não ter alcançado aquele resultado. Bobagem! A perspectiva
é minha, os pés são seus. Lamentável... ficar reclamando da cratera que você mesmo
criou.
Assuma! Você não
gosta tanto disso. Você tem medo. E eu? Quero deslocar-me desse mundo estático
que o ser humano mantém sobre os dedos.
“Será que Ele pode me ouvir?!” pensei, olhando
pras nuvens. Fiquei parada, vendo o mundo rodar. Compreendendo que por mais plana
que a Terra seja, ela nunca pára pra mim, nem por ninguém. Talvez agora, eu
esteja de cabeça pra baixo, na perspectiva Dele.
Talvez, eu pareça tola por implorar por movimento se nunca paramos.
Vai ver a minha
frequência veio um pouco alterada pra esta Era. Vai ver eu sou a mosca da sopa
do Raul. Aquele ponto estranho que veio causar bagunça. Viu?! Me desloquei. E você,
quando vem comigo?
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