sexta-feira, 18 de abril de 2014

Espelha-me


Exiba toda aquele seu lado podre. Todas as perversões do mundo, toda superficialidade erótica que você chama de coragem. Seja do contra, apenas para exalar rebelião. Tumultue o mundo para demonstrar uma compreensão que foge às nossas mãos.

Você espelha um projeto incoerente de revolução. Você erra pra ser admirada. Você vende pra se esconder. Você se oculta num protótipo descabido pra ser aceita. Você peca apenas em não ser você.

Me pergunto o porquê de ser avessa à tudo pra ganhar o mundo. Isso é só mais uma piada que não consigo entender?! Porque eu vejo uma criança com medo. Eu vejo alguém que precisa de atenção e aplausos. E como resposta expõe toda a rugosidade da sua alma. Que terrível é sentir-se um ponto fora da curva. Que terrível é provocar asco pra se incluir na linha. Que péssimo é não ser a única a ter problemas na vida.

Todos enfrentamos batalhas, minha querida. Algumas silenciosas e outras alarmantes, mas ninguém disse que estar no vácuo é reconfortante. São só batalhas da nossa cabeça. Algumas dissolvemos, outras deixamos que nos enlouqueça. Só não vale se fazer de vítima e deixar sua ferida aberta, riscando de sangue a sua própria trajetória.

A dor e o prazer se distraem diante do modo como conduzimos a nossa história. Então se conduza! Sem precisar fazer propaganda de quão terrível você pode ser ao afundar em si. Que tal emergir?! Que tal crescer? Que tal parar de tentar não ser você?

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