Sobre
mim que sempre soube o que quis, agora não sei pra onde vou. As coisas que
quero continuam aqui, latentes em meu peito. Só não sei onde terminam essas
minhas vontades, quando essas meias verdades se inteiram. Por que sabe, eu
tenho muito em meu peito e pouco nas mãos. Sonhos na mente e pés no chão.
Sou uma ridícula antítese. Um mistério sem
solução. Meus riscos não vingam, minha alma não quer ser como a multidão. Tenho
achado estranho perceber tanto a cada curva. Por isso, tenho optado não apostar
nesses sopros de ilusão. A dúvida que paira é estar perdendo tempo, prolongar
minha solidão.
Perceba
que parece errado entregar-se tanto por opções. Possibilidades ou perspectivas,
são meros caminhos de ar sem destino. Como continuar a ser sem me perder? Como crer, com tanta visão turva à minha frente?
Muitas
vezes meus desejos se embaçam com as sinestesias. É por isso que prefiro fechar
os olhos e deixar que o interior se expanda. Tanta visão me exaspera, me deixa
tonta. Só me pergunto quando verei a solução e não a dúvida. Quando sentirei
menos num esbarrão. Agora desejo apenas ter, em breve, tudo que preciso nas mãos.
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