Um dia normal, mais
um dia igual, em que durante o banho eu me vejo parada, esforçando-me numa
tentativa quase infantil de enxergar
através do embaçado úmido. Do outro lado do vidro vejo meu relógio digital, com
mais um daqueles horários repetidos. Horários que mantém a minha esperança
viva, que me dizem muito e também nada.
Estava parada
constatando, pela milésima vez, o quanto aquilo era importante pra mim. E
assustada, por tamanha insignificância. Estranho eu ter ido além do conotativo
enquanto refleti e via o que eu fazia. Pois é mesmo assim que tenho agido todos
esses dias.. tentando ler algo além do que tenho nas mãos.
Estou no meio da
fumaça, vendo tudo e entendendo nada. Tudo isso com um “quê” de negatividade,
pois as sombras invadiram minha mente. O fim se faz tão presente em meus
pensamentos que me faz querer desistir de
pensar. Tudo é efêmero e insuficiente e não consigo afastar essas
sensações. Irrito-me então, por me afundar nessa escuridão e não ver
escapatória.
Mas, irritante
mesmo é me preocupar com o que não tenho nas mãos. É como se uma nuvem negra
estivesse me acompanhando e eu precisasse me agarrar a qualquer rastro de
ilusão, pra sorrir. Pra quê? Um riso
de meia hora, que não vale por um sorriso de real felicidade. Feliz eu estaria
se você me desse um chão firme. Mas é tudo neblina, então de noite eu riu, pra
quando a manhã chegar eu me perder no ar. Ficar suspensa entre meu cérebro e
algo mais.
Pensando..pensando..
em nós, pra onde vamos, se você vai. Me faça rir amor, porque chorar não posso
mais e nem consigo. Em meus versos mais uma vez divido, o seu ar duvidoso de
paixão. Sê vem comigo, não vem não?
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