O menino que aprendeu
a ser dois
Quis ser quem era antes
quando voltou a ser um
O rio correu,
Ele não é mais o mesmo
E enquanto revisitar
A corredeira
Como se as águas da nascente
Não fossem outras
Vai parar no que perdeu
E não vai se abrir
Pro que virá.
A menina que achava ser
uma
quando descobriu que era duas
Depositou na ilusão de mim
Um futuro
Não me viu como uma
porta
Pro seu novo horizonte
Quis ancorar
No meu peito ferido.
Eu andei tomando
consciência de mim
Eu andei desacreditada
dos outros
Eu ando.
Não posso ser porto
Não posso ser bengala
Não posso ser nada
Além de mim.
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