Todo dia me convenço
que devo trocar comigo mesma
meus
segredos.
Mas depois me arrependo
e vou correndo
contar pra alguém.
Até parecer
que tô falando demais,
sobre coisas que ninguém quer ouvir.
Então volto a falar
comigo.
Tento me escutar,
desacelerar minha mente.
Ocupar meu espaço.
O mesmo
que eu ainda estou aprendendo
a reivindicar.
A ansiedade me puxa o tapete,
me
faz sentir errada.
Falar é o processo da cura
e o nó final da forca.
Então devo ser "egoísta"
e dizer o que querem que eu
diga.
Sim, porque o meu assunto predileto
não é do gosto do freguês.
Que
liberdade incrível essa
de ser qualquer uma,
menos eu.
Tá tudo embaralhado.
E
eu to gritando com os dedos,
pra não surtar de vez!
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