Ele me disse que as pessoas só parecem diferentes, mas
que na verdade todas elas procuram a mesma coisa... e geralmente é: esquecer
alguém. Eu achei que ele falava dos outros e me senti até meio idiota por me
encaixar na descrição. Mas ele falava de si mesmo também.
E eu até acho que tudo bem você assumir ter um passado
triste, resolver conhecer pessoas novas e arear as ideias. Mas o vislumbre de
ser eu quem vai tapar os buracos me assombrou e tomou a forma da minha paranoia
ansiosa. Afinal, a essa altura eu sei
que substituição gera substituição.
Eu nunca achei que eu fosse ouro raro, embora sempre
tive a certeza de ser incomum. Mas tava divertida a ideia do surpreender-se sem
drama, do apego circunstancial. Só que a ficha caiu: não é real. O que há por mim, há por qualquer um. É oportunidade e
momento. Que pena!
Eu coloquei conteúdo demais nas entrelinhas. E ás vezes
é só o que é: momentos. Eu idealizei e colori a atração. Que vergonha! Quis ser
piegas, segurar a mão, dizer que lembraria da sinestesia do nosso toque... mas
o romance morreu. O prazo do encantamento expirou e eu quero voltar para os
meus planos. Mesmo que ainda me falte o tesão pela vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário