quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Vítima


Ás vezes me sinto como um narrador-personagem de um drama cinematográfico. Cruzo com pessoas de grandes pesares, ou que pelo menos tem grandes achares de que sofrem pesares. A grande questão dessa curta narrativa que me pus a fazer agora, veio de um raciocínio que tive esta manhã. Trata-se na verdade, de uma conclusão sobre o modo de sentir humano e sua visão um tanto limitada sobre o que sente.
Muitas vezes somos acometidos por situações que nos fazem perder o chão e as estruturas. Cedemos pra tristeza e perdemos parte de nós por um momento. Leva tempo, mas nos reerguemos e também a partir dali aprendemos o que causa a ferida e como podemos evitá-la. Cada um de nós tem a sua fórmula e seus tropeços peculiares, assim como pra cada um de nós o mesmo tropeço chega de um jeito diferente.

domingo, 11 de outubro de 2015

Controvérsia


Geralmente sinto muito e exalo pouco. Contigo exaspero-me bastante, mas quando tenho muito a sentir, você se aquieta num canto e deixa pra depois. Então eu deixo também, você vem e tudo é confusão! Somos uno na multidão. Queremo-nos tanto quanto não podemos admitir. Somos o ideal, mas eu sou a revolução.
Eu tenho a persistência pra insistir no “sim” e gritar pro mundo. O mundo dita como você deve agir e daqui parece que você deixa ou diz que gosta porque tem medo. Quer corresponder às expectativas que os outros projetam e perdeu-se na sua própria alma. Não sei se é verdade, mas a realidade é que a gente não se fala. Você não diz e eu insisto no barulho do silêncio. Eu sou assim, eu cato os vestígios pra acreditar. Mas não dá pra viver de pó.