quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Chama


Busquei na astrologia um jeito de te compreender. Mas lá confirmei o que já sabia: você é fogo(!). Meu bem, o que faço se sou regida pela terra e preciso de algo mais concreto pra ficar à vontade? Como posso deixar fluir quando tudo que você me oferece é fumaça, mas não me diz a verdade?!
Você sabe eu adoro promessas, mas cumpro as que proponho. Você me dá o mundo numa música, mas na minha frente não move um palmo. Espera que eu esprema meu coração e entregue-o nas suas mãos, de graça, sem chantagem, solidariamente. É por isso que cada vez mais sinto que sou muito mundana, pro seu amor.

É amor ou é chama? Como a gente define isso? Como posso me sacrificar por um sentir sem nome? Idade já não tenho e meu romantismo já não guenta. Ele sangrou muito pra que eu chegasse nesse ponto. Veja bem, não consigo mais pôr tudo a perder. Eu tô fazendo o que eu posso, mas e você?
É sério que meu coração esquenta quando te vejo. É certo que eu to aqui parada te olhando e querendo dividir o meu mundo. Mas entre os seus amigos e a imagem que você divulga, não vejo onde eu possa me encaixar. Eu tentei me adaptar, eu juro. Mas não sei se ainda posso apenas esperar...você.

Talvez queiramos as mesmas coisas e por isso paremos demais. Mas mesmo quando ando, sinto que estou caminhando sozinha. Como se eu devesse me inserir na sua realidade e você não pudesse tentar entrar na minha. Você criou grades e limites invisíveis e simplesmente se enclausurou neles. Me desculpa, tá? Mas não dá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário