Busquei na
astrologia um jeito de te compreender. Mas lá confirmei o que já sabia: você é
fogo(!). Meu bem, o que faço se sou
regida pela terra e preciso de algo mais concreto pra ficar à vontade? Como
posso deixar fluir quando tudo que você me oferece é fumaça, mas não me diz a
verdade?!
Você sabe eu adoro
promessas, mas cumpro as que proponho. Você me dá o mundo numa música, mas na
minha frente não move um palmo. Espera que eu esprema meu coração e entregue-o
nas suas mãos, de graça, sem chantagem, solidariamente. É por isso que cada vez
mais sinto que sou muito mundana, pro seu amor.
É amor ou é chama?
Como a gente define isso? Como posso me sacrificar por um sentir sem nome? Idade
já não tenho e meu romantismo já não guenta. Ele sangrou muito pra que eu
chegasse nesse ponto. Veja bem, não consigo mais pôr tudo a perder. Eu tô fazendo
o que eu posso, mas e você?
É sério que meu
coração esquenta quando te vejo. É certo que eu to aqui parada te olhando e
querendo dividir o meu mundo. Mas entre os seus amigos e a imagem que você
divulga, não vejo onde eu possa me encaixar. Eu tentei me adaptar, eu juro. Mas não sei se ainda posso
apenas esperar...você.
Talvez queiramos as
mesmas coisas e por isso paremos demais. Mas mesmo quando ando, sinto que estou
caminhando sozinha. Como se eu devesse me inserir na sua realidade e você não
pudesse tentar entrar na minha. Você criou grades e limites invisíveis e
simplesmente se enclausurou neles. Me desculpa, tá? Mas não dá.
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