Eu
vi nascer, feito fruta proibida,
um
querer novo.
O
sentimento é conhecido,
a
sensação é que intriga.
Coça
meu peito feito ferida,
mas
pinta meu coração
num
tom verde de esperança.
É
sonho sim.
É
desejo também.
É
verdade, tô calejada já.
Mas
não canso de querer.
Ainda
sonho que você
abra
a porta e grite “ei, pensei em te ver”.
Sabemos
bem que não será assim.
Talvez eu especule errado o seus motivos,
mas
saiba que tenho os meus.
Eu
vou tentar.
Talvez
na hora errada.
Que
tal se você se mostrar pra mim?!
Vem
aqui,
como
quem não quer nada.
Não
diz nada.
Eu
falo por mim e por você.
Mas
vem.
Eu
só precisava disso.
Eu
só quero saber.
É
mesmo disso que eu preciso?
Sei
lá, vai saber.
Mas
essas coincidências
tão
rodando na minha cabeça,
me
enlouquecendo outra vez.
Eu
sonhei que não há mistério
e não será divertido pra mim.
Nós
vamos rir,
mas
eu partirei só.
Sozinha,
só.
Num
tom roxinho de quem muito guarda.
Hmm,
o que fazer?!
Querer-te,
quero verde.
Em
que tom você me vê?
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