terça-feira, 13 de maio de 2014

Presa em mim.


Preciso dizer que algumas coisas nos calam. Algumas coisas não podem sair. Isso entra em ebulição vez outra, isso cutuca. Mas deve ser assim, não deve?

Não sei. Apenas não vejo onde tais verdades possam vazar dos meus lábios e encarar a vida de frente. Pois muito dessa sinceridade, assim o é pra mim. Os principais sujeitos envolvidos nessa oração, pouco se importam ou enxergam. Será que ignoram?


Talvez. O fato mesmo é que cutuca e eu só rezo. Espero que passe, peço que tudo ocorra como deve, como o destino planeja. Porque a única certeza que realmente tenho é que a mente é cheia de subterfúgios. A cabeça é um mundo e os meus mistérios eu ainda tô descobrindo aos poucos.
Escrevo porque há coisas que aqui entram e não podem sair de qualquer jeito. Tem que virar rima pra estranho ver. Alguém que por ora, tenha algo infundado guardado em si. Alguém como eu.

Estranho, né? Parece fácil procurar consolo no desconhecido. Parece frágil estar entre muitos e esperar tão pouco. Parece bobeira discutir sobre a vida, sozinha num quarto. Percebi que o mundo é uma rede de letras fluorescentes que se cruzam numa tela e que você é a ilusão que a minha fantasia anseia.

Eu tô é doida ao meio, porque minha parte sã tá pedindo arrego. Tô vendo a solução, mas insisto no erro. Não tô querendo nada, só tô sentindo torto. O teu projeto nada se encaixa no meu esboço. Mas teu delineado surpreende tão bem.

Ai meu bem, como te considero. Mas nem vou me desesperar. É cada um na sua e o mundo no lugar. Virar nosso eixo de ponta cabeça por uma ideia seria irresponsável. Ideias vêm, ideias passam e a gente é pra ficar. A gente é pra sempre. Lado à lado, sem se deixar levar pela carência que as circunstâncias dão e que os caminhos deixam.

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