domingo, 18 de agosto de 2013

Versos Indesejados

Nem sempre o que se quer
É o que se tem
Nem sempre o que quero
É o que me convém
Geralmente desejo o que não alcanço
E logo me canso
Quando a resposta não vem.

Escrevo versos indesejados
Por que não quero seguir velhos rastros
Saber o fim de um jogo
Que nem comecei.


Não sei dançar a valsa das aparências
Não sei fingir que não tenho crenças
Minhas ideologias
São maiores do que você pensa!

Tenho objetivos
E não os troco por aprovação
Não preciso e nem quero
Fazer parte da alienação.

Tu és produto da mídia
Reproduz uma verdade iludida
Quer ser como os outros
Mas esquece que viver
Não é só corpo.

Não acredito mais num amor único
Não vejo disposição singular
Nesse mundo tão plural.

Ninguém deseja o que realmente têm
Por que se quer sempre mais
Se quer o ideal
O irreal, o que é bom demais.

Amar agora é duvidar
É ter temendo perder
Quando pra se ganhar
É preciso ceder.

Sentir pra mim
Não é competir
É dividir,
Repartir,
Acreditar
Pra compartilhar.

Quem jamais dirá
Que o amor
Pode ser vivido várias vezes
E ainda ter o mesmo ardor?

Não sei se existe mesmo
Esse sentimento pra vida inteira
Mas acredito que a vontade
Faz da eternidade
A melhor companheira.

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